Não temam, pois não sou o que pareço e nem o que dizem. Toda a verdade em "SOBRE MIM". Este não é um blog de putaria, mas de reflexão, iconoclastia e libertação. É meu portal de comunicação inter-dimensional com vocês, mortais. Mesmo sem pacientes ou interlocutores, me divirto aqui, enquanto escrevo e observo a deliciosa incoerência humana. Podem entrar, deitar no divã, relaxar e até gozar, se souberem como. Bula completa em "Sobre o BLOG". Siga-nos e ganhe uma deslavagem cerebral grátis!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O casal meia-bomba ou desbombado

Quem não é ou já não foi? Quem não conhece a penúria de transar apenas uma vez por semana, ou por mês? Ou nunca? Ou daquela transadinha caridosa só para cumprir tabela? Melhor dizendo, quem não é meia-bomba, depois dos 30 ou 40 e num relacionamento de longa duração? Todos aqueles paradigmas sexuais da nossa cultura, que a gente conhece tão bem, se materializam de forma implacável nesse momento da existência, que é o mais frustrante para os homens, agora privados de uma vida sexual; mas nem tanto para as mulheres, muitas das quais se sentindo apenas livres de um "fardo", pelo menos grande parte delas. E, ao contrário do que muita gente imagina, o fim do sexo não está tão ligado quanto parece à chegada de filhos, porque mesmo casais sem filhos passam pelo mesmo processo - e eles o sentem ainda mais, pois não ficam tão exaustos ou estressados quanto os que são pais, que ficam felizes apenas em poder dormir à noite, mesmo sem transar. Casais (melhor dizendo, uma das partes) sem filhos apenas têm uma necessidade sexual insatisfeita ainda maior, pois têm mais energia e mais tempo para se lamentar pelo que não têm mais.

A evolução sexual das pessoas comuns é bem óbvia e facilmente observável: enquanto os homens estão sempre procurando por sexo, apenas apresentando uma pequena perda progressiva de stamina (ou potência) com o passar do tempo, depois da maturidade, as mulheres (no geral) têm algumas fases bem definidas: primeiro, a curiosidade e a experimentação; depois, uma vida sexual mais regular (e talvez prazerosa), com um ou mais parceiros estáveis (geralmente um por vez). Depois, o desinteresse e, por fim, a frigidez total - seja enquanto quadro clínico ou mera escolha, cansaço, tédio, desilusão, birra ou progressão natural - dependendo de como elas preferem enxergar a situação. E o que se observa nelas é geralmente muito triste: a perda do viço, do calor, da graça, da jovialidade, da sedução, da sensualidade e mesmo da femininidade de quando elas eram solteiras ou ainda empolgadas com uma vida sexual. Trocam sua presença radiante, instigante, misteriosa e apaixonante por uma presença quase masculina, insossa, indiferente, entediada e entediante, sem atrativo, sem beleza.

Qual seria a solução para a vida sexual moribunda ou morta para o homem, além de se masturbar em frente ao computador, assistindo YouPorn, enquanto a cônjuge dorme? Difícil dizer, porque o desisteresse sexual é algo que passa pela questão da liberdade individual e da espontaneidade, e mexer com essas coisas costuma não dar certo. Trocar de parceiro pode resolver o problema por algum tempo, mas chegar no mesmo ponto, depois do periodo de praxe e de todo aquele processo romântico chatinho e cafona, né? Piranhar poderia ser outra solução, mas cheia de obstáculos para quem é encoleirado ou não é encoleirado mas não tem dinheiro e tempo sobrando para ir atrás das mulheres na fase interessante. E não nos esqueçamos do fator idade, pois elas já poderiam ser nossas filhas, mesmo a gente ainda sendo jovem, atraente, em forma e prontos para trepar. Não nos querem. Quem sabe as MILFs, "cougars" ou "lobas" divorciadas e novamente tesudas, a fim de pica, desses sites de namoro? Talvez. Não sei. Pode ser uma saída, uma válvula de escape para a frustração e com um gostinho de aventura. Tudo depende da sorte. E sem se esquecer que, mesmo quando se nega sexo ao homem, ele ainda é "o cafajeste" quando vai procurar em outros lugares! Talvez por isso as mulheres se sintam seguras negando sexo a quem dorme com elas e com quem partilham uma vida confortável - pensam que o cara não vai jogar tudo pro alto "só" porque não trepa. Mas um dia ele joga! Se for homem.

No fim das contas, é sempre triste, mesmo para quem nunca idealizou nem fantasiou nada, se deparar com a dura realidade de que mesmo numa relação saudável e agradável, o sexo acaba, e o fim dele leva ao fim do resto todo. Isso ocorre porque, sem sexo, acabam a intimidade física e o sentimento de cumplicidade total que apenas os amantes têm, sem os quais, só pode haver amizade, caso a amargura não a contamine também.


Ah, e só para piorar as coisas, ainda tem isto: http://www.artofmanliness.com/2014/10/08/the-possible-pitfalls-of-too-much-porn/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ATENÇÃO: apenas serão aceitos comentários sem base religiosa, moralista, marxista ou emocional. Críticas e discordâncias serão aceitas - desde que bem escritas, racionalmente fundamentadas e inteligentes. Este blog é DUMB-FREE. Obrigado.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.