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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Romantismo: mais uma ideologia farsante

Não sei se eu já escrevi aqui algo como vou escrever agora. Mas também não vou checar porque estou a fim de escrever, inspirado por uma amiga que insiste em se dizer "romântica" e que está esperando o link do post hahaha! Vou escrever rápido! Outra coisa: não será um post científico e nem acadêmico, pois não estou a fim de checar fatos, teorias, tratados, etc. Tenho mais o que fazer. Então, vamos lá, sem mais delongas.

Origens: parece que veio do amor cortês, praticado pela aristocracia medieval européia (e que não era para casais - era para cavaleiros prestarem homenagem à esposa de seus suzeranos, para melhorar os laços de lealdade entre eles; especialmente militares - coisa difícil de entender hoje em dia), e depois foi adotado pela burguesia, como um novo "ópio do povo" e no sentido que entendemos hoje como "romântico" ou seja, coisa de casalzinho simplório.

Definição: este é um problema porque varia de época e até de entendimento pessoal. Mas vamos levar em conta o que a gente vê na cultura pop atual, que é aquilo que as pessoas mais medíocres imitam na vida real e que eu não preciso explicar e nem descrever.

Vamos agora ao xeque-mate do post: os problemas que o romantismo causa e especialmente a justificativa e a maior propaganda do romantismo, que são as misconcepções (intencionais?) sobre ele. Tudo isso poderia ser muito longo, mas vou abreviar ao máximo.

Problemas: como sabemos, o romantismo leva as pessoas a idealizaçãoes de TODA natureza dentro de um relacionamento e em todas as suas fases. Ele dita papéis e atitudes "obrigatórias" que são no mínimo patéticas, como TER que mandar flores, presentinhos, comemorar datinhas, dizer certas palavrinhas, tirar e publicar certas fotinhas, etc. Tudo no diminutivo, porque são pura manifestação de infantilidade. Já viram as filas no motel e em restaurantes no dia dos namorados? Que vergonha alheia! Por fim, com tanta idealização, só podemos esperar a desilusão, pois idealizações são anti-naturais, inalcançáveis no longo termo e inócuas na realidade. Isso chega ao cúmulo de termos pessoas desiludidas com o sexo por falta de romantismo. Ou seja, algo como se desiludir com a escola por falta de chuva. Nada a ver uma coisa com a outra. E há também aquelas que acham que não são amadas, só porque a outra pessoa não demonstrou isso com clichés românticos baratos! Ai! Dói quando as pessoas querem ganhar porcaria em vez de coisa boa! Outra ponto bem patético é ver os indivíduos reduzidos a casais; toda sua vida social, suas decisões, seu discurso, sua imagem e até seu avatar no facebook! Tudo "casal". Hahaha!

Agora, as misconcepções, que são a parte mais divertida, reveladora e importante de se abordar.
Primeiro, romantismo não é um sentimento - é uma ideologia! Ser romântico é como ser comunista, ou católico ou corintiano, por exemplo. Você escolher ser - não é um sentimento humano; não é algo inato e nem natural em nós; é puramente cultural, um conjunto de idéias, símbolos e atitudes que as pessoas escolhem adotar ou se sentem obrigadas a tal.
Segundo e mais importante: como romantismo não é um sentimento, ele não tem nada a ver com carinho, amor, respeito, paixão, nada disso. Essas coisas sim são sentimentos, e existem mesmo sem romantismo. As pessoas apenas se sentem obrigadas a dizer que isso tudo é romantismo, assim como se sentem obrigadas, por exemplo, a dizer ou concordar que igualdade de gênero é feminismo, justiça é socialismo, amor é romantismo ou reafirmar outros dogmas politicamente corretos, mesmo sendo eles todos enormes mentiras - pura manipulação ideológica. Sim, é difícil visualizar a realidade porque fomos doutrinados, e quando alguém se diz não-romântico, já se imagina a pessoa como um ogro, uma besta, um grosso, um INSENSÍVEL (adoram jogar especialmente esta palavra), um imbecil com o qual ninguém poderia se relacionar. Muito pelo contrário, novamente, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Relacionamentos não-românticos podem ser extremamente delicados e carinhosos - apenas sem os clichés e obrigações que eu citei lá no começo. Apenas isso! E não se esqueçam de que existem muitos românticos estúpidos e até violentos - eu sei que vocês sabem. Muitas mulheres fazem questão do romantismo porque isso dá auto-afirmação e segurança a elas, só que não ajuda de verdade no relacionamento. Apenas melhora sua auto-estima e diminui sua insegurança, o que só seria algo positivo se elas o conseguissem por si mesmas, e não porque ganharam flores do namorado. Ah, e também ajuda na ostentação com as amigas - outra grande armadilha.

Enfim, é normal a gente se deixar levar por misconcepoções maliciosas em todos os aspectos da nossa cultura, e com o aspecto "romântico" isso não seria diferente. Mas apenas mantenham isso em mente, raciocinem, ousem, e percebam que, para sermos felizes e plenos, espontâneos e apaixonados, livres e "bem comidos", a última coisa que precisamos é do romantismo. Por mais contraditório que isso possa parecer para as pessoas comuns (por cusa da doutrinação). Se quiser consumir o produto, tudo bem, mas saiba que é supérfluo e não cumpre o que promete. É apenas um rótulo. E quem se diz romântico sabe muito bem disso - até bem melhor do que eu, pois já sentiu na pele e nem assim aprendeu! Não é mesmo? Hahaha!


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