Não temam, pois não sou o que pareço e nem o que dizem. Toda a verdade em "SOBRE MIM". Este não é um blog de putaria, mas de reflexão, iconoclastia e libertação. É meu portal de comunicação inter-dimensional com vocês, mortais. Mesmo sem pacientes ou interlocutores, me divirto aqui, enquanto escrevo e observo a deliciosa incoerência humana. Podem entrar, deitar no divã, relaxar e até gozar, se souberem como. Bula completa em "Sobre o BLOG". Siga-nos e ganhe uma deslavagem cerebral grátis!

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O caso Ashley Madison

Foi uma das grandes notícias neste mês de agosto de 2015. Para quem não sabe, Ashley Madison é um site canadense de encontros com um diferencial que ofende a grande maioria dos comuns por aí: ele se dedica ao adultério. Ou seja, é um site onde as pessoas entram para, secretamente, é claro, ter casos extraconjugais. Isso tem tudo a ver com o nosso blog porque expõe e comprova muitas teses que nos são muito familiares aqui. Mas, antes de comentar as teses, vamos a uma breve história do que aconteceu.

O site recebeu algumas ameaças de hackers, que exigiam seu fechamento, por razões um tanto obscuras. Em certo momento pareceu puritanismo (uma característica estranha para hackers) mas, depois, ficou claro que os hackers em questão estavam irritados com sua desonestidade - que é quase a mesma desonestidade da maioria dos sites semelhantes, diga-se de passagem, embora este possa ter ido um passo adiante no que prometia. Enfim, depois de não ter acatado as ameaças, o site sofreu o ataque e os dados de todos os usuários foram publicados na internet, com nomes (verdadeiros ou falsos), e-mail e até número do cartão de crédito. Claro que isso colocou muito gente em sérios apuros. Há quem diga que a ação ocasionou até suicídios. Divórcios, com certeza.

Agora vamos falar de como ele funcionava que, na verdade, é como todos os sites similares funcionam: fazer um perfil é grátis mas, para mandar ou responder mensagens, o associado paga. E o que acontece sempre é que os homens se cadastram (já pagando ou não) e começam a receber mensagens de "mulheres" com nomes ou nicknames bem genéricos, se mostrando super tesudas. Claro que, quase sempre, são fakes criados pelo próprio site, para "forçar" os homens ainda não-pagantes a pagar para poder responder a tais "mulheres", o que, via de regra, dá em nada, é claro. Eis a enganação. Iludir homens carentes para tirar dinheiro deles, enquanto eles pensam que vão fazer sexo - eis o momento mais fácil de se enganar um homem (as mulheres sabem bem disso). Chega a ser covarde e cruel. Por fim, os dados vazados sugerem que, para cada vinte homens, havia apenas uma mulher de verdade, como já é de se esperar com esses sites... e a situação piora ainda mais se considerarmos que uma fração ainda menor dessas pouquíssimas mulheres reais realmente usa tais sites. Muitas apenas fazem um perfil e nunca usam. A canalhice fica muito clara quando percebemos que todos os homens recebem pelo menos uma mensagem - o que seria inconcebível se considerarmos que há no máximo uma mulher para cada vinte homens! Ou seja, eles pagavam para responder mensagens de fakes ou robôs se passando por mulheres a fim de pular a cerca.

Vamos então, finalmente às teses que mencionei no começo. Primeiro, o deficit sexual masculino. Coisa mais óbvia de se notar na nossa sociedade. Os homens estão realmente passando fome de sexo - especialmente os homens comprometidos. Segundo, mulher geralmente não se importa em ficar sem sexo e quase nunca entra nesses sites e nem procura apenas sexo. Desistam de encontrá-las! Terceiro, essa situação patética é boa para muita gente: as mulheres, algumas empresas e o "sistema" como um todo. Quanto menos sexo, e quanto mais homens oprimidos pela falta dele, melhor. Assim, os homens são levados primeiro pela ilusão de que o casamento vai resolver o problema deles (bom para as mulheres). Depois, já decepcionados, são enganados e esfolados novamente por empresas e pessoas que vão tirar proveito de sua carência sexual. Isso é injusto e deprimente. Os homens devem se conscientizar e evitar todos os tipos de exploração que puderem evitar - inclusive dentro de relacionamentos ditos "legítimos". E, especialmente esta, feita por terceiros em cima da triste situação imposta a eles. O mais feliz dos homens é aquele que encontrou uma mulher que gosta de transar com ele sem pedir nada em troca. Existem, mas são poquíssimas. E não estão por aí caçando marido nas baladas-ostentação e nem ao alcance de um clique de mouse. Onde estão? Boa pergunta.