Uma dos maiores contrasensos que eu ja ouvi falar
nesses tempos de invencionices e mimimis sexuais é o tal movimento
"goy". Novamente, tenho que dizer o óbvio: não tenho nada contra ninguém, e cada um que faça o que gostar! Mas fico
meio incomodado com ideologias cretinas e certas desculpas que as
pessoas dão para a vida que escolhem. Além de ser desnecessário se
explicar, ou se rotular, elas, às vezes, incorrem em tamanha incoerência que
dai sim, se tornam aberrações não sexuais, mas intelectuais.
Neste
caso especifico, para quem não sabe, "goys" são homens que têm relações
homossexuais mas se dizem hetero, pelo fato de não praticarem a
penetração anal (praticam apenas todo o "resto" do inventório de putarias
conhecidos pela humanidade) com outros homens. Novamente, tudo bem. Mas por que fazer questão de se rotular, e se rotular como "não-gay"? Só porque não dão o cu e nem são efeminados - algo que muitos gays também não fazem e não são? Existe nessa ideia uma incoerência e uma
cretinice abissais, que talvez algumas pessoas não notem pelos
preconceitos que têm sobre homossexualidade. Vou explicar, para quem
nunca analisou a coisa:
Sexo
anal seria o último motivo para um homem ser considerado gay. Homens
podem ter prazer anal sem ter atração alguma e nem contato algum com o mesmo sexo. São os que
têm prazer anal sozinhos, ou com a parceira mulher - e sem fantasiar que estão sendo enrabados por um macho! Ou seja, apenas
gostam de prazer anal, e não de homem. Gostam de ser penetrados, mas
gostam apenas de mulher. Eles podem dizer que não são gays, mesmo a
gente sabendo que uma pessoa comum não vai entender isso pois, para o
comum, homem que gosta de ter o ânus penetrado, sempre vai ser gay, por
menos sentido que isso faça. Isso porque o estigma do sexo anal
(especialmente para homens) foi sempre identificado com homossexualidade. Seria, por exemplo, como dizer que comunista gosta de vermelho, e se um cara tem uma Ferrari vermelha, ele é comunista - uma afirmação obviamente e simplesmente falsa. Entretanto, temos que entender que não
se pode esperar de pessoas comuns o tipo de sutileza intelectual para
entender certas diferenças e conceitos. Ainda mais esses, que assustam.