Não temam, pois não sou o que pareço e nem o que dizem. Toda a verdade em "SOBRE MIM". Este não é um blog de putaria, mas de reflexão, iconoclastia e libertação. É meu portal de comunicação inter-dimensional com vocês, mortais. Mesmo sem pacientes ou interlocutores, me divirto aqui, enquanto escrevo e observo a deliciosa incoerência humana. Podem entrar, deitar no divã, relaxar e até gozar, se souberem como. Bula completa em "Sobre o BLOG". Siga-nos e ganhe uma deslavagem cerebral grátis!

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Goy?

Uma dos maiores contrasensos que eu ja ouvi falar nesses tempos de invencionices e mimimis sexuais é o tal movimento "goy". Novamente, tenho que dizer o óbvio: não tenho nada contra ninguém, e cada um que faça o que gostar! Mas fico meio incomodado com ideologias cretinas e certas desculpas que as pessoas dão para a vida que escolhem. Além de ser desnecessário se explicar, ou se rotular, elas, às vezes, incorrem em tamanha incoerência que dai sim, se tornam aberrações não sexuais, mas intelectuais.

Neste caso especifico, para quem não sabe, "goys" são homens que têm relações homossexuais mas se dizem hetero, pelo fato de não praticarem a penetração anal (praticam apenas todo o "resto" do inventório de putarias conhecidos pela humanidade) com outros homens. Novamente, tudo bem. Mas por que fazer questão de se rotular, e se rotular como "não-gay"? Só porque não dão o cu e nem são efeminados - algo que muitos gays também não fazem e não são? Existe nessa ideia uma incoerência e uma cretinice abissais, que talvez algumas pessoas não notem pelos preconceitos que têm sobre homossexualidade. Vou explicar, para quem nunca analisou a coisa:

Sexo anal seria o último motivo para um homem ser considerado gay. Homens podem ter prazer anal sem ter atração alguma e nem contato algum com o mesmo sexo. São os que têm prazer anal sozinhos, ou com a parceira mulher - e sem fantasiar que estão sendo enrabados por um macho! Ou seja, apenas gostam de prazer anal, e não de homem. Gostam de ser penetrados, mas gostam apenas de mulher. Eles podem dizer que não são gays, mesmo a gente sabendo que uma pessoa comum não vai entender isso pois, para o comum, homem que gosta de ter o ânus penetrado, sempre vai ser gay, por menos sentido que isso faça. Isso porque o estigma do sexo anal (especialmente para homens) foi sempre identificado com homossexualidade. Seria, por exemplo, como dizer que comunista gosta de vermelho, e se um cara tem uma Ferrari vermelha, ele é comunista - uma afirmação obviamente e simplesmente falsa. Entretanto, temos que entender que não se pode esperar de pessoas comuns o tipo de sutileza intelectual para entender certas diferenças e conceitos. Ainda mais esses, que assustam.

Já, por outro lado, você querer pegar e chupar pica, abraçar e beijar homem pelado, ter porra, cheiro e suor de homem em você, isso sim, é gostar de homem, e a gente sabe que ser gay é gostar de homem, não? Enfim, a coisa é tão simplória, que nem precisa a gente racionalizar muito. É simples assim. Fica aqui então um esclarecimento para quem acha que entende certas coisas, mas nunca realmente pensou no significado delas: primeiro, homem que gosta de prazer anal não é necessariamente gay, porque, dentre os que se permitem tal prazer, há aqueles que têm atração zero por homens. Ou seja, não são gays. Da mesma forma, há gays assumidos que são apenas ativos, ou sejam, não dão o cu - mas são gays. Segundo: goy, comprovadamente, gosta de homem. Logo, é gay, mesmo sem dar o cu. Eu sei que isso é de dar nó cego na cabecinha de gente comum - especialmente a parte de que homem pode dar o cu sem ser gay e sem gostar de homem, que vai contra a formula pronta e simplória de que os comuns trazem em suas mentes para analisar tais situações. Mas acreditem. É a realidade. Em resumo: não é o fato de gostar de coisas dentro do cu que define um homem como gay - só é gay quem gosta de homem! Tal discussão nem deveria existir mas, já que alguns caras resolvem ser gays e dar esse tipo de satisfação sem sentido, a gente discute. Não o direito deles de fazerem o que quiserem, de modo algum, mas apenas a falta de lógica do discurso desnecessário. E isso acaba sendo útil também para quem acha que prazer anal é (ou tem que ser) exclusividade de homens gays. Mas... gostar de homem, continua sendo algo gay. Ou bissexual, né? Se rótulagem realmente importar. E também é ok. Não é problema e não precisa de justificativas e nem criar rótulos novos. E nem de compromisso, se o medo é esse. Na verdade, "goy" acaba definindo um tipo específico de relacionamento gay.