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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

50 tons de poser

Olá, minha gente. Quanto tempo, não? Minha primeira aparição este ano. Mas nem vou me desculpar, porque esta tendência de irregularidade parece que veio para ficar. E vejam só que interessante: hoje eu vou falar de um livro que não li, e que deu origem a um filme que eu não assisti. Soa ilógico? O livro não me interessa por parecer super cliché; e o filme ainda nem saiu. Mas, como sempre, me interessa a reação, ou o "frisson" causado nos seres comuns por motivos outros que a possível qualidade da obra em questão. Assim sendo, é do povo que eu vou falar, na verdade.

Eu acho muito engraçado, sabe? Essa relação da mulherada comum com o sexo. E começo assim porque é a mulherada que está gerando todo esse hype e expectiva com relação ao livro/filme que, mesmo quem não leu/assistiu sabe do que se trata, por causa do hype gerado. Pois então. Tem muita mulher que tem nojo de rôla, não dá o cu, transa meio "naquela" e que agora está fascinada com a "perversão" fetichista e sadomazô da obra. Como assim, né? Dá para pular tantas etapas na progressão da putaria? E tem mais: e aquele lance do feminismo sobre violência contra a mulher, objetificação, abuso, submissão sexual e tal? Tá tudo liberado agora, só porque vem com o rótulo de "best-seller"? Interessante! Muito interessante! Pensei que essas coisas seriam "indignas, machistas e ofensivas" para as doutrinadas chic e "esquisitas demais" para as mais humildes.

Volto a bater na mesma tecla: as pessoas sempre querem aparentar ser o que não são - especialmente nesse assunto, o sexo, que se tornou um requisito de plenitude do ser contemporâneo. E eu até acho que o sexo é isso mesmo, mas só quando é verdade, só para quem "pode", no sentido de realmente gostar e fazer por gostar, e sem os limites da mediocridade. Já, o ser comum nunca é "pleno" nesse sentido, e nem pode ser. Seria o sucesso da coisa causado por uma outra "obrigação" que é a pós-emancipação feminina - aquela que via de regra sempre é fake, forçada? Seria algo mais verdadeiro, que é aquele desejo instintivo (e agora proibido) de ser subjugada pelo macho? Um macho que é rico? Quem sabe? A Maria Aparecida do bairro atraída pela luxúria decadente e aristocrática do Sade moderno? Sério? Ou o livro foi apenas uma extrapolada naqueles produtinhos de sex shop barata que mulher poser gosta de comprar ou dizer que compra? Acho mais provável. Não sei dizer com certeza - ou melhor, estou com preguiça de pensar muito sobre isso. Por enquanto, continuo assistindo a mulheradinha que exige muito mais fidelidade, castração e "casamento" do que liberdade, tesão e rola, todas animadinhas e "ousadas" com o livrinho nas mãos ou esperando o filme, na onda da perversão sexual pop aprovada para maiores de classe média. Por isso não quero pensar muito. Está engraçado!


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