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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Traição, romantismo, feminismo e conservadorismo

Que bela receita para uma farofa de total nonsense quando todos esses ingredientes são discutidos por gente comum. Primeiro, porque a terminologia costuma ser usada incorretamente e, segundo, a gente sabe porque: bitolação, é claro - seja política ou apolítica, de direita ou de esquerda, libertária ou conservadora.

Estava vendo um post de uma página conservadora achando uma aberração o fato de uma feminista dizer que traição é um direito da mulher (também) e que romantismo é machismo, quando me deparei com tal confusão generalizada. E é divertido organizar essas coisas (mas o faço apenas aqui, porque não sou maluco, masoquista e nem coprófilo de me enfiar lá).

1) as pessoas confundem "traição" com "liberdade sexual". E fazem questão absoluta de ignorar que podemos "variar o cardápio" sem mentir, esconder, trair e nem ofender ninguém. Mesmo que sejamos "casados". Para eles, sem monogamia não há amor! É tão difícil assim entender isso? Meio ponto prá feminista, que sabe da necessidade de liberdade, mas chama e aceita isso como "direito de traição". Quem disse que isso tem que ser traição? Como sempre, faz mais mal do que bem à boa causa.

2) Romantismo é machismo? Essa merda medieval-burguesa impõe restrições e idealizações idiotas aos dois gêneros. Não importa se você é homem ou mulher. Se é romântico, vai se ferrar do mesmo jeito. Claro que mulheres acham mais bacana ser românticas (e o são mais) do que os homens, mas todos se ferram, gostando ou não, querendo ou não. Ponto.  Mas, como sempre também, o papel de feminista é acusar tudo que é ruim de machismo ou obra dos homens, é claro... Nessa, ninguém ganhou ponto.

3) Amor de verdade é livre. A feminista termina a pregação anti-romântica com esta frase. Eu diria que, deste modo simples, nem sempre, pois pode sim, ser encoleirado e verdadeiro. Mas eu entendo o que ela quis dizer: o amor de verdade não exige coleira, e aceita a liberdade de todos. Isso sim! Meio ponto prá ela de novo. Ganhou por 1 x 0 apenas, mas placar em jogo de pernetas é baixo mesmo.

Enfim, por mais que eu seja totalmente contra feministas e o marxismo cultural em geral (por serem coletivistas e pseudo-libertadores em todos os sentidos), pelo menos para começar, e neste assunto especificamente falando, eles têm uns pontos válidos e verdadeiros, mesmo que deixem de ser válidos e verdadeiros durante o aprofundamento de seus propósitos políticos reais. Por isso eu sou "anti-esquerda" mas estou longe de ser "direita", que é pudica e moralista. Afinal, se horrorizar com a ideia de liberdade ou libertação (ainda que colocada de forma simplória e rude) é algo muito limitante.


4 comentários:

  1. Muito bom post.
    Achei maneira sua forma de abordar o post, parece que conhece os assuntos muito bem.
    Flw vlw

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  2. Ola Johnny,

    Obrigado pelas gentis palavras.
    Fica chato a gente dizer que conhece algo muito bem, mas posso dizer que já tenho muitos anos de janela. Me queimando (só no começo pq eu não sou burro) e assistindo a comunzada se queimando sem parar e para sempre (enquanto dou risada). Isso, além de um pouco de reflexão e conhecimento de certas matérias (nobres) e ideologias (cretinas) muito em voga hoje em dia, nos traz algum conhecimento útil e uma vida bem melhor.

    Abraços,

    A.

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  3. Rola de colocar o widget de 'Arquivo do Blog' ali na coluna da direita, n? Ia facilitar muito, pois quero ler seu blog todo

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