Se engana quem acha que o motivo é putaria. Primeiro porque não é a minha meta principal, segundo porque putaria boa não é algo fácil de se encontrar (pois requer inteligência - algo cada vez mais raro) e terceiro porque encoleirados também podem fazer isso - basta querer, e é o que muitos fazem (escondido, é óbvio). Em suma, meu índice de variação de parceiras não é tão mais alto do que aquele dos comuns. Ser do contra também não é o meu negócio, pois impressionar os bocós escravizados à minha volta não é façanha alguma e não me dá prazer. Parecer intelectual (se é que parece) também cai na mesma inutilidade medíocre e sem graça. Por fim, moderno isso já deixou de ser há muito tempo! Na verdade, poucos sabem que ser monogâmico é que é moderno, pois romantismo é uma invenção muito mais recente do que amor sincero e sexo honesto.
Por que então, se dar ao trabalho? Não é por questão de imagem (pois ela fica ruim). Nem por vantagem numérica (que é pequena, no meu caso). Muito menos para atrair mulheres, pois na verdade as espanta (elas querem MARIDO - provedor e encoleirado). É simplesmente por questão de dignidade perante mim mesmo. Primeiro, porque eu não gosto de mentir para ninguém, muito menos para mim ou para quem eu gosto. E praticar a monogamia romântica é manifestação de pura mentira ou limitação intelectual. Ou ainda, morbidez sexual. Segundo porque é uma tremenda criancice brincar de ser dono e propriedade de alguém, exigir dele ou dela a satisfação total aos nossos desejos e achar que isso vai dar certo ou vai ser divertido - essa fixação egocêntrica obsessiva é coisa da primeira infância, que a gente tinha com a mamãe, ou o papai, naqueles tempos de Édipo e Electra. Já era. Ser monogâmico e possessivo é querer regredir àquela fase e ficar nela. Terceiro porque eu sei que a psiquê humana é muito complexa, profunda e ampla para nos permitir limitar e canalizar nossos sentimentos e desejos de acordo com um modelinho tão fraquinho como este do "meu parceirinho é tudo que eu quero, sempre quis e tenho que me contentar com ele(a)". E coitado dele(a) debaixo de toda essa pressão! Fingir algo tão obviamente irreal não tem cabimento, por mais que seja a lei. Quarto, por pura praticidade. Pode parecer mais prático ser comum e não ter que se explicar, mas não é, pois embora os comuns não tenham que explicar seus posicionamentos filosóficos (algo que eles não têm), eles precisam explicar mil coisinhas vãs e cotidianas para o cônjuge. Eu não, e isso é uma grande vantagem, pois em cada explicação sempre tem uma mentirinha e depois de anos a gente se perde nelas e acaba até se contradizendo e "caindo do cavalo" muitas vezes. Daí, dá-lhe briguinhas. Isso tudo cansa demais, e o comum que estiver me lendo vai dar razão. Sim, eu sei como é estar nesse buraco; já experimentei.
Enfim, não ser monogâmico é simplesmente se negar a ser simplório, infantil, conformado ou mentiroso. Eu acho bom negócio, especialmente porque te afasta de gente que é e faz essas coisas. Mesmo que você nunca faça orgia alguma na sua vida, e nem tenha mais parceiras dos que os comuns, pelo menos você se poupa de muita chateação, proibições, tédio, rotina, "broxidão", estagnação, auto-negação, simulação, cafonice e vexame. Se eu fosse encoleirado, não poderia nem ter escrito isto aqui, pois o "môr" poderia ler, daí brigaria comigo, a gente terminaria o relacionamento e eu teria que começar a mentir tudo de novo para uma nova pobre vítima voluntária da monogamia serial. Um saco...
Nota: o blog ainda não voltou à ativa. Esta é apenas uma colaboração do KX para não passar o mês em branco...
Não temam, pois não sou o que pareço e nem o que dizem. Toda a verdade em "SOBRE MIM". Este não é um blog de putaria, mas de reflexão, iconoclastia e libertação. É meu portal de comunicação inter-dimensional com vocês, mortais. Mesmo sem pacientes ou interlocutores, me divirto aqui, enquanto escrevo e observo a deliciosa incoerência humana. Podem entrar, deitar no divã, relaxar e até gozar, se souberem como. Bula completa em "Sobre o BLOG". Siga-nos e ganhe uma deslavagem cerebral grátis!
terça-feira, 29 de novembro de 2011
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