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terça-feira, 19 de julho de 2011

Todos contra "o solteirão"

Se há uma figura odiada no mundo comum é o "solteirão". Só que é um ódio disfarçado e por isso ele não é ofendido abertamente, como são os homossexuais, por exemplo, pois ele ainda pode se "redimir" e casar (com uma mulher). Mas há quem os tente ofender sugerindo que eles são gays, como se isso fosse ofensa ou cono se não casar fosse falta de interesse pelo sexo oposto.

Os motivos do ódio são óbvios: todo aquele blablablá social e cultural comum proletário de sempre. Como eles se furtam (pelo menos por algum tempo) à obrigação de serem maridos, provedores e pais, indignos do termo "homem de família", se tornam marginais e alvo de suspeitas e reprovação.

Mas, como eu já disse, eles ainda podem ser úteis, e por isso são tratados com respeito, e não são atacados diretamente, apesar das sugestões de homossexualismo enrustido. E quem mais se presta a atacá-los de forma sutil é a indústria cultural.

Quem nunca notou o modo patético como eles são representados, especialmente em filmes? São sempre aqueles caras tristes, cansados, sem graça e nenhum prazer na vida, indesejados, que chegam em casa do trabalho para assistir TV enquanto comem aquele jantar de microondas, né? Alguns filmes os mostram até mesmo fazendo coisas bizarras para disfarçar a solidão, como ter namoradas imaginárias, hobbies idiotas e etc. A mensagem óbvia é: garotos, não se tornem "isso" e não sejam dignos de dó. Casem-se logo!

Podemos notar que não apenas as mulheres são vítimas da cultura de massa, mas os homens que tardam a cumprir seu papel social também...

Voltando ao estereótipo pop, o que mais se percebe é o drama da solidão, o que nos leva a refletir: é assim mesmo?
Enquanto um deles, eu digo: sim e não. Sim porque realmente, quando moramos sozinhos, estamos sós em casa, em grande parte do tempo, se não todo ele. E não, porque temos uma vida social mais agitada e diversa, pois saímos mais e não estamos sempre apenas com o mesmo cônjuge. Como bônus, não temos que aturar o tédio e as chatices que uma esposa convencional traz ao longo dos anos.

E o sexo? O fracasso nesse ponto é apenas sugerido pela midia, pois não é de bom tom ser esplícito. Mas também sabemos que o solteirão, dependendo do quanto investir, pode (e geralmente tem) uma vida sexual muito mais intensa e interessante do que o casado. Mesmo quando investem pouco ou são tímidos, eles ainda assim conseguem um pouco mais de diversidade (claro, pois qualquer outro número diferente de zero é maior do que 1). O único ponto de desvantagem é a não-garantia da frequência, mas a dos casados em geral é bem patética.

Num balanço final, momentos de solidão existem, mas para todos, sejam casados ou solteiros - estado civil não exclui ninguém de ser vítima. Sexo, também depende do indivíduo. A liberdade é dos solteiros. A estabilidade é dos casados, só que geralmente bem entediante. O solteiro não tem onde se encostar, e por isso tem que ser mais auto-suficiente, o que é bom e promove a dignidade.

Assim, não vem ao caso dizer quem está certo, mas podem ter certeza que ser solteiro não é errado. Não acreditem na conspiração proletária e não se precipitem por causa dela. É tudo enganação! Que o diga George Clooney, o solteirão que é talvez o homem mais desejado do mundo, curte todas e, mesmo sendo hollywoodiano, cospe nessa culturinha ridícula do casamento.

O homem do século!

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