Uma coisa extremamente paradoxal é o fato de tentarmos aliviar um pouco da decepção com a humanidade com mais doses de humanidade. Talvez isto seja devido ao nosso maldito instinto social. Ou ainda porque enquanto observadores e analistas da espécie, a falta de objetos nos  deixe entediados - por mais misantrópicos que sejamos!
Eu não sei se existe algum misantropo "perfeito", aquele que não gosta da humanidade e realmente consegue viver longe dela. Não é o meu caso pois, embora eu tenha desprezo pelos comuns, já notei que eles são meus bichinhos de laboratório e por isso eu preciso deles. E, como não sou hipócrita, também confesso que, num reduzido número de ocasiões, a atração não é apenas científica, mas a tal maldita necessidade social mesmo (ainda sou humano). Às vezes preciso interagir, seja por motivos emocionais ou sexuais, mesmo sabendo que será medíocre, e ainda que consciente da lama onde vou sujar os sapatos. Fraqueza? Se for, não vou me culpar mais por isso pois, como já disse, ainda sou humano - infelizmente.
Depois de mais uma constatação óbvia de que não adianta mesmo buscar nada que preste, me encontro numa fase cínica e muito tolerante, tentando me divertir mais com coisas que eu geralmente levo a sério demais. Mas é sempre a mesma coisa, nada instigante. É incrível perceber a formatação onipresente e uniformizada da cabecinha comum (até dos ditos "alternativos"). Sempre os mesmos papos, atitudes, imagens, falta de informação e consciência, piorada por aquela famosa "lógica" distorcida por valores proletários. E o mais irritantes são as fêmeas - as mais bitoladas, previsíveis, fúteis, ocas (exceto por seus traumas e agenda proletária), padronizadas e românticas, mesmo quando a ocasião não tem nada a ver com tal assunto; mesmo quando não há côrte, elas não deixam de transpirar isso, inclusive verbalmente, sem mais nem menos. É a essência do ser delas. Dentre outras convenções sociais e estéticas muito bobinhas... Já, os machos, são menos chatos, menos burros, bem menos dependentes do supérfluo e menos cafonas. Podem até ser bem padronizados e também previsíveis, mas conseguem ser mais interessantes e até divertidos.
Agora a parte engraçada, e que eu nunca havia tentado: devido à minha atitude cínica atual, venho dizendo aos meus novos "amigos" quase tudo que me vem à mente, sem poupá-los em sua mediocridade. E a surpresa é: não faz diferença! Ou eles não entendem ou se abstêm de tentar. Como não estou acostumado, venho achando isso divertido. Mas sei que não vai durar também. Fico me questionando sobre meu futuro desenvolvimento social. Ficará tudo como está? Me misturarei ou conseguirei me afastar ainda mais? Só o tempo dirá.
HORAS DEPOIS...
Tive que articular um pouco melhor essa coisa do "misantropo perfeito". Cheguei à conclusão de que o termo "misantropia" é muito mal concebido e utilizado. A definição "oficial" nos diz que se trata do ódio pela humanidade, mas eu não vejo como odiar nossa espécie como um todo apenas por ver nela traços que repudiamos. Ódio tem que ser algo mais pessoal, não-generalizado. Colocando de forma simples, pelo menos no meu caso, me sinto misantropo por não encontrar na enorme maioria das pessoas as condições básicas para um convívio interessante ou construtivo do ponto de vista filosófico, e por isso tirar muito pouco prazer do contato com eles. Daí o desinteresse e o constante sentimento de decepção e desprezo, mas não absoluto. Esta é a minha definição pessoal e posicionamento.
Não temam, pois não sou o que  pareço e nem o que dizem. Toda a verdade em "SOBRE MIM". Este não é um blog de putaria, mas de reflexão, iconoclastia e libertação. É meu portal de comunicação inter-dimensional com vocês, mortais. Mesmo sem pacientes ou interlocutores, me divirto aqui, enquanto escrevo e observo a deliciosa  incoerência humana. Podem entrar, deitar no divã, relaxar e até gozar, se  souberem como. Bula completa em "Sobre o BLOG". Siga-nos e ganhe uma deslavagem cerebral grátis!
segunda-feira, 18 de julho de 2011
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