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domingo, 8 de maio de 2011

Procriação traz infelicidade

Saiu na revista Superinteressante:

Um estudo da Universidade de Milão analisou casais de 94 países e constatou: as pessoas ficam mais infelizes quando têm filhos. Os pesquisadores atribuíram esse efeito às despesas geradas pelas crianças, que levam ao empobrecimento e à queda na felicidade dos pais. Segundo o estudo, ter filhos só traz felicidade a pessoas ricas ou viúvas.

Novidade? Claaaaaro que não. Mas saiu, e isso me chamou a atenção, pois é algo que vai contra uns dos maiores dogmas do mundo comum, que vem logo depois do romantismo: ter filhos como condição de felicidade e de vida plena.
Acredito que a reportagem só tenha sido publica por se tratar de uma revista lida por um público mais esclarecido mas que,  ainda assim, é ou vai ser pai.

Não a li na íntegra, mas me pareceu superficial demais ao se limitar apenas ao aspecto financeiro, se foi realmente o caso. Apesar disso, assim como ninguém precisa listar todos os argumentos sentimentaloides a favor do paradigma, o mesmo vale para os práticos (contra), pois todos nós os conhecemos muito bem.

Mas vale lembrar os motivos pelos quais a procriação se torna necessária para os comuns, muito além do paradigma em si pois, muito além da necessidade de aceitar e praticar ideais comuns, sabemos que os proletários vivem uma vida vazia, sem liberdade, onde não há interesses ou prazeres intelectuais e os sensuais são muito limitados; não há reflexão, arte e nem mesmo o direito de amar sem restrições ideológicas.

Além disso, casais monogâmicos se tornam assexuados muito cedo (supondo que em algum momento tenham sido sexuais), e daí a vida passa a se resumir a trabalho, televisão, consumo e envelhecimento. Neste momento, ter filhos se torna algo necessário, não apenas para criar novas obrigações, tarefas, stress e preocupações que servem para alienar o indivíduo dele mesmo, mas também para justificar toda uma estrutura e um estilo de vida baseados no casamento, que sem filhos fica parecendo incompleto ou defeituoso, com menos propósito e razão de ser, o que até faz sentido, se considerarmos que todo o modelo foi concebido para que as pessoas procriem, para o bem da manutenção do status quo capitalista.

Afinal, proletário sem filhos faz o quê? Perde sua única função verdadeira, que é garantir o futuro de todo um sistema econômico e social, com seus valores e crenças, que é opressivo, insustentável, mas dominante.

3 comentários:

  1. Pois é... vida de comum é dizer q isso e aquilo é "lindo". pena eles não darem conta de muita coisa "lindas" q eles fazem.
    Maternidade/paternidade é uma delas. Ou não teríamos tanta gente por aí com a cabeça fudida pelos pais.

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  2. Pois é... vida de comum é dizer q isso e aquilo é "lindo". Pena eles não darem conta de muitas coisas "lindas" q eles fazem.
    Maternidade/paternidade é uma delas. Ou não teríamos tanta gente por aí com a cabeça fudida pelos pais.
    Qtas mães ficam lastimando sua situação depois q arranjam filhos!
    Isso pq descobrem q aquele brinquedinho por encomenda não é realmente mais um produto de consumo, como elas pensavam, e dá trabalho. Mas eles ainda preferem isso a não ter "função" na vida. por isso vira obrigação.

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  3. Nota: acima temos respostas a comentários q foram deletados, e não pelo Doutor. Foram deletados pelo blogger ou pelo comentante.

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