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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Meu amigo comum

Eu tenho um amigo que é a epítome do comum bom partido, e eu gosto (às vezes) de bater um papo com ele para analisar o desenvolvimento da vida sexual/afetiva da classe. Ele tem quase a minha idade, bem empregado, boa aparência, em forma, tem carro novo importado e namorada super-gata (pois tem "bala na agulha" como ele diz).
Duas coisas ficam muito claras, logo de cara: primeiro, ele parece extremamente carente de sexo ou muito oprimido, com a coleira muito apertada, pois olha para as mulheres na rua como se nunca tivesse visto coisa semelhante. Segundo, levado pelo fato de que é muito assediado (por ser bom partido) ele fica repetindo que as mulheres hoje em dia só querem pau e que algumas tem aquele jeito de levar pau 24 horas por dia. Além do modo vulgar e exagerado dele se pronunciar, fica evidente uma contradição muito grande. De acordo com a moderna cultura popular (com a qual eu concordo neste ponto), quem gosta de pau é viado, e as mulheres querem mesmo é dinheiro e/ou estabilidade - pelo menos a maioria delas.
Agora fica a dúvida: será que elas são tão talentosas a ponto de levar um bom partido a acreditar que elas realmente têm tanto tesão assim nele ou ele é que cria essa ilusão para acariciar o próprio ego de encoleirado que precisa se contentar apenas com uma super gata assexuada, quando na verdade gostaria de estar fazendo melhor uso de seu "tão desejado" pau?
Bom... eu fico com a segunda opção.

4 comentários:

  1. Seu amigo comum tem o comportamento clássico daqueles reprimidos que de repente se vêem diante da realidade com a qual nunca souberam lidar.

    E uma coisa é fato: nem mulher, nem homem suportariam limitações financeiras. Dizer que dinheiro ou estabilidade não importa é pura hipocrisia.
    Que adianta o cara ser um gostoso, se em véspera de alguma data comemorativa ele termina com a namorada por não ter dinheiro para lhe presentear que seja com uma blusinha de brechó?
    Que adianta o cara dominar a arte do sexo, se nem ao cinema ele topa ir, porque só tem dinheiro pra comprar DVD pirata 3 por 5?
    Isso é "broxante"! São exemplos banais, mas pode-se imaginar várias limitações que traz a falta de estabilidade, e eu não saberia listá-las com tanta veracidade. Afinal, ninguém vive só de sexo. Temos necessidade de uma vida social neutra, voltada à nossa racionalidade e garantia de sobrevivência.


    No final da vida, quando não tivermos mais vigor sexual, e quando não formos mais atraentes, a estabilidade financeira pelo menos poderá nos garantir um bom plano de saúde.

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  2. Cara Hägen,

    Eu concordo com vc, qdo o esquema é um relacionamento a longo termo. Tem mesmo q haver estabilidade financeira, e as pessoas precisam de dinheiro para serem felizes.

    Já, qdo falamos em diversão (sexual), não precisa essa preocupação financeira. Daí o q mais importante é o tesão e "dominar as artes do sexo", como vc mencionou.
    Por exemplo, eu não moro no BR e noto q as mulheres na balada não ficam medindo se eu tenho grana ou não - elas só vão fazer isso se quiserem uma coisa mais séria (casamento mesmo) e mesmo assim, não para eu bancá-las mas apenas querem um cara com renda compatível ou maior. As que dão para mim não querem saber se eu tenho carro ou se serei capaz de bancá-las. Querem apenas prazer. E eu acho isso perfeito. Super honesto! E isso me dá tesão. Se eu achasse q é minha grana q as atrai, daí eu broxaria.

    O problema do BR é q parece q as mulheres não se garantem financeiramente então elas nunca procuram diversão mas apenas essas coisas mais sérias (para se garantirem enqto ainda podem se vender bem), e daí, realmente, elas precisam procurar um cara provedor - fica sendo a meta.
    Eu entendo q é difícil analisar essa questão num país como o BR, um país ainda pobre e machista, onde a maioria das mulheres precisa adquirir estabilidade via marido (daí esse comércio fica parecendo até uma coisa normal e justificada e até sensata), mas em países onde elas se garantem e há igualdade, elas podem curtir muito mais, e curtem, sem preocupações financeiras. Vc disse q é broxante um cara ser pobre e na realidade brasileira deve ser mesmo, mas onde eu moro pobre pode ser tesudo tb. Ou seja, é um problema sócio-econômico e cultural. Envolve mil necessidades práticas e preconceitos tb.

    Ah, e eu tenho dinheiro para dar presentinhos, mas nunca dou. Acho esse lance de datas comemorativas muito cafona. Nunca nem soube dias de aniversário de namoro (se é q tive, pois nunca peço pra namorar com ninguem numa determinada data), e as minhas namoradas sempre acharam isso ótimo, pq nunca foram convencionais.

    Enfim, podemos até generalizar com o povão proletário e monogâmico, mas sempre haverão exceções. Há de se considerar tb o fato de q certas pessoas simplesmente não querem casar e outras mesmo casadas e financeiramente estáveis podem transar abertamente com outras e daí, grana realmente não vem ao caso... é nesse mundo q eu vivo. E transo de graça. Menos do q eu gostaria, mas prefiro assim.

    Valeu pela sua opinião q, como eu disse, faz todo sentido, na maioria dos casos.

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  3. caro A:
    Admito que meus exemplos foram cafonas, mas são o que mais se aproximam da realidade dos comuns daqui...
    Todo o arquivo deste Blog simplesmente me deu razão de pensar que todo esse moralismo excessivo do mundo comum é como uma doença que acaba alienando as pessoas.
    E pelo que percebo, o desejo de as mulheres daqui de se casarem com homens abastados é quase uma questão cultural, a mentalidade brasileira ainda é quadrada... Sem contar que independência financeira feminina é um caminho muito árduo neste país, o tanto que já batalhei para finalmente conseguir não tem descrição. Pior ainda, pela minha mentalidade headbanger e meio "asmodaica", estou fora de qualquer círculo social aqui.
    Mas, obrigada pela resposta.

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  4. Verdade, a realidade das pessoasa em geral é extremamente cafona, oprimida, alienada e ignorante. Fato.
    E se vender a homem abastado ainda é uma obrigação de qq mulher bonita q se preze (aqui). Isso é um pouco devido ao atavismo delas e um pouco devido a fatores práticos q vc bem conhece (dificuldades devidas a uma cultura machista). Enfim, é muito triste, mas ainda há esperança p/ aquelas q preferem não se render a isso tudo - batalhando chega-se lá, e assim se revelam mulheres de valor, ainda q o caminho seja mais difícil do q p/ os machos.
    Parabéns e obrigado a vc pela sua participação.

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