Sempre que nos colocamos de forma inteligente contra os valores comuns, nos acusam de "pseudo-intelectuais", algo altamente pejorativo, visto que "intelectual" por si já tem uma conotação negativa no mundo "humilde" (na verdade anti-raciocínio) dos comuns, significando gente "sebosa", arrogante, vaidosa, "poser" e pretensiosa.
É verdade que alguns indivíduos realmente são tudo isso... especialmente aqueles que simulam, esnobam ou "arrotam" conhecimento apenas com o fim de auto-promoção, de conquistar a admiração dos bocós a sua volta. Esses são comuns também.
Mas o que seria um "intelectual"? Nada demais. Simplesmente uma pessoa com um certo grau de inteligência e conhecimento, que reflete de forma educada sobre as coisas e, de preferência, aplica tais reflexões em sua vida. Nada "seboso" e nem arrogante aí. São justamente as pessoas mais interessantes que existem. A prevenção contra eles é apenas uma defesa que os comuns usam contra tudo que pode corroer seu mundo de fantasia. Por isso, intelectuais são colocados no mesmo saco com os seres patéticos descritos no primeiro parágrafo, e também com meros acadêmicos.
E os meros acadêmicos? São pessoas que estudaram muito, possuem diplomas, títulos e prestígio, mas muitas vezes são totalmente estúpidas. Muitos deles são gente medíocre que, por persistência e puxação de saco (ou dinheiro) chegou onde chegou e passa a merecer um respeito e atenção indevidos, pois muitos deles são nada além de "bitolados" e cretinos. Alguns têm inclusive dificuldades em escrever as próprias teses, e eu conheço casos!
Muitas dessas "autoridades do conhecimento" são gente bem tapada, religiosa, fundamentalista, preconceituosa, fascista, extrema direita, etc. Nada científicos, seres que não merecem nenhuma credibilidade, apesar de seus títulos. Para respeitar acadêmicos, temos que analisar caso a caso, antes de "babarmos ovo" para seus mestrados e doutorados, ainda que por instituições famosas, pois apenas uma parte deles é o que imagina e diz ser. E exemplos de tapados não faltam. Um deles está aqui (em inglês). Não lí totalmente pois meu estômago não permite mas a besta, que é PhD em Literatura pela Universidade de Toronto, se meteu a escrever sobre monogamia e começou a fazer disparates como ligar monogamia a heterossexualismo e o contrário ("promiscuidade" nas palavras do imbecil) a homossexualismo, chegando a afirmar que héteros não-monogâmicos (não-casados) são "meio homossexuais", sexualmente confusos e etc. De acordo com ele, o homem não-confuso e poderoso tem que casar; e a mulher "normal" tem que ser esposa dele e não ter poder algum, pois é fêmea, e poder é coisa de macho. Fêmeas apenas "amam". Claramente uma postura reacionária, anti-sexo e calcada na religião. Não satisfeito, disse que modos de vida alternativos são uma conspiração satânica (sem brincadeira) contra a família e blablabla. Que belo discurso "científico"! E eles atraem uma multidão de seguidores tão tapada, crente e medieval quanto eles, que repetem suas ideias como se fossem algo indiscutível pelo fato da besta originadora ser um acadêmico diplomado, um "doutor". Como levá-los a sério, e em que sentido seriam eles "intelectuais"? É certo que manipular conhecimento em nome da própria imbecilidade é uma atividade intelectual (não-válida), assim como é abjeto colocar a própria religião ou agenda política acima do conhecimento e disfarçar este estelionato intelectual nas brumas do academicismo. Não se pode colocar pensadores esclarecidos e honestos (com ou sem diploma) na mesma categoria dessa escória grotesca.
Enfim, antes de termos vergonha ou medo de sermos "acusados e condenados" como intelectuais ou pseudo-intelectuais, devemos ter tudo isso em mente e não nos importarmos. Além de esperar que algum dia os comuns tenham um mínimo de discernimento quanto a essa problemática e entendam o que é ser um "livre-pensador" (também conhecido como "intelectual" ou "pseudo-intelectual", dependendo do grau de ofensa pretendido). E que pensar diferente não é pecado e nem ameaça à felicidade de quem quer que seja, por mais que pareça (e às vezes seja) uma enorme ousadia.
Não temam, pois não sou o que  pareço e nem o que dizem. Toda a verdade em "SOBRE MIM". Este não é um blog de putaria, mas de reflexão, iconoclastia e libertação. É meu portal de comunicação inter-dimensional com vocês, mortais. Mesmo sem pacientes ou interlocutores, me divirto aqui, enquanto escrevo e observo a deliciosa  incoerência humana. Podem entrar, deitar no divã, relaxar e até gozar, se  souberem como. Bula completa em "Sobre o BLOG". Siga-nos e ganhe uma deslavagem cerebral grátis!
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
4 comentários:
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Isto pq vc está falando de acadêmicos da área de humanas, nas áreas de exatas e bio a coisa é bemmmmmmmmm pior
ResponderExcluirVerdade. Os de humanas, mesmo os mais estúpidos e tapados, pelo menos sabem escrever. Os de outras áreas, nem isso! E são "mestres" e "doutores".
ResponderExcluirEsta ação de engolir tudo o que é dito, principalmente por quem é "dotô", é proporcional ao nível de instrução/conhecimento de uma população. Aqui por exemplo o que um simples jornalista diz vira verdade inquestionável. Se for uma advogado,médico então, nem se fale.
ResponderExcluirComentando os comentários, eu vejo no meio que eu convivo que os acadêmicos da área de exatas não estão muito preocupados em analisar comportamento humano mesmo. E dificilmente discutem aspectos que não os técnicos. Vejo muitos discutirem religião, principalmente no grupo dos físicos que possui um grande número de ateus. Alguns adoram discutir política, mas eu acho que é mais para alimentar a postura poser de intelectual-pensante.
Quanto a escrever bem, falo por mim. Escrevia muito bem na época de colégio (pelo menos é o que os professores diziam, rs) mas depois que entrei para a faculdade e passei alguns anos trabalhando praticamente apenas com números e computação percebi que adquiri uma dificuldade imensa para escrever. Não sei se justifica, mas é um fato, rsrs.
Rosana, o escrever mal deles (os que eu conheci pq ajudei a traduzir teses) é aquele escrever mal de quem nunca soube. Gente que não consegue manter uma linha de raciocínio escrita. Simplesmente não tem nexo nem em português o q eles escrevem e por isso nem tem como traduzir. Eu fazia remendos p/ poder traduzir mais ou menos.
ResponderExcluirÉ coisa de gente sem cultura alguma, q só aprendeu o q precisava (na área) p/ poder seguir carreira.
Esse tipo de doutor analfabeto é raro aqui em cima, pq aqui vc primeiro faz uma faculdade genérica p/ depois ir p/ Mestrado e doutorado. E a faculdade não é técnica, é p/ formar indivíduos e não profissionais; estuda-se várias coisas nada a ver c/ a área meta, justamente p/ não virar um imbecilão técnico q não sabe escrever ou nada de geografia, história, etc - coisas q todo mundo deveria saber pelo menos um pouco.
Isso sem falar nos cientistas crentes, q existem tanto aí qto aqui. Mas os daqui pelo menos são articulados - crentes mas educados. Os daí parecem romeiros, bem tipinho jeca mesmo. Primeiro agradecimento na defesa de tese é p/ Jeová hahaha!