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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Comuns Posers

Consulta enviada por: Rosana
Ref.: "O maior dos Pecados"

Dr., o que dizer e como lidar com o comum que insiste em parecer um não-comum, mesmo que todas as atitudes e fatos atestem o contrário? Sugestões?

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Cara Rosana,

Comum poser é a maior praga do século. Na verdade essa raça começou a se multiplicar em ritmo frenético com o advento da internet, e agora infesta cada vez mais todos os extratos sociais, mas principalmente a classe média, que é aquela gentinha mais patética e que mais vive de aparência e faz qualquer coisa para impressionar os outros, tentando ostentar uma falsa individualidade, estilo, autenticidade  e originalidade.
Pois bem, antes da internet, ideias alternativas não circulavam muito, não eram acessíveis aos medíocres e assim eles não tinham o que copiar além de modas em roupas e acessórios. Mas depois da inclusão digital, eles descobriram estilos de vida e discursos alternativos relativamente fáceis de simular para se passar por intelectuais, modernos, alternativos, "indie", "hype" e os cambau, ainda mais online, ambiente onde você pode ser o que quiser e até várias coisas ao mesmo tempo.
E eles atacam na vida real também. De forma um pouco menos ousada, é verdade, mas constante.
No meu caso, como tenho desprezo total pela raça, sigo um plano gradual de humilhação. A fase 1 ocorre quando o comum se aproxima de mim e começa a posar. Daí, como se eu estivesse interessado eu exploro um pouco a cultura e a situação de vida do sujeito, e sutilmente deixo ele notar que saquei a dele (que ele é comum) e paro por aí. Na fase 2, eu começo a jogar umas teses e raciocínios para ver como ele se sai. Nessa fase muitos já não acompanham, demonstram que não pensam, mas apenas ecoam ideias e atitudes dispersas e se intimidam. Daí, fim de papo, mas os mais sem noção vão em frente. Na fase 3, eu aniquilo os sobreviventes, confrontando de forma mais direta o discurso com o estilo de vida deles. Nessa fase você derruba os "filósofos" que só sabem repetir ideias "cabeçóides" e citações famosas, sem entendê-las e nem aplicá-las em suas vidas, os rebeldes "society", os esquerdinhas de boteco, os "intelectuais" semi-analfabetos e sem abstração, os "Zé Cliché",  os liberais puritanos, as "despachadas" submissas, as independentes que precisam de marido, as espertonas cornas, os ateus de ocasião, os subversivos de araque, as "safadinhas" travadas e frígidas, os machões inseguros que apanham da esposa, os descolados de MTV, as mulheres inteligentes do Orkut, e toda essa fauna poser degenerada, tão vulnerável a qualquer ataque mais articulado.
Confesso que é um processo divertido, mas só o ponho em prática quando o comum realmente cisma de por banca prá cima de mim pois, sempre que posso, evito tudo isso, porque eles ficam rancorosos ao ser desmascarados e podem ficar te perseguindo depois, achando que você é da laia deles e tentando tirar de você uma máscara que você não usa (como são posers, ele imaginam que você também é e que compete com eles hahaha). Fica bem desagradável.
Não sei se ajudei mas espero ter sido ao menos de alguma inspiração. Boa sorte e volte sempre.

A.

PS: me lembrei do primeiro caçador de comuns posers da história: Sócrates, que nas ruas da velha Atenas perguntava a eles por que seriam o que diziam ser. Essa e outras pequenas "inconveniências" lhe renderam uma pena de morte.

6 comentários:

  1. Obrigada pela resposta :)

    Concordo, a internet, pricipalmente com o crescimento das redes sociais, permite muito mais essa postura fake. Fazer discurso é fácil, difícil é manter uma postura nas escolhas do dia-a-dia, principalmente quando esta vai contra o senso comum.

    Respeito muito a individualidade de cada pessoa. Se ela acha que o bom para ela é se casar e ter filhos, ótimo, se case e tenha filhos. Quer ser religioso? Seja! Cada um sabe o que é bom para si, assim como eu tenho minha própria definição do que é bom para mim. Mas por favor, assuma esta decisão com dignidade. Independente das escolhas, "sê inteiro". Desculpe estas palavras em forma de desabafo, é que particularmente me sinto enojada quando vejo um exemplo extremo disso acontecendo, ainda mais quando é muito próximo de mim.

    Da minha parte, quando acabo de conhecer uma pessoa e vejo que ela está levantando uma bandeirinha que não se sustenta, também adoro "provocar". E como é fácil fazê-las se enforcarem em sua próprias cordas (momento demoníaco...rsrs). Complicado mesmo é quando encontramos o "profissional", que consegue sustentar as coisas em um ponto que você até chega a acreditar. Mas como você mesmo disse, um dia a mascára cai e ai a tática que eu prefiro adotar é a de ignorar. Meu estômago não permite tal convivência, rs.

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  2. Minha maior experiência foi com os posers virtuais mesmo, pois sempre vivi no interior, onde o pessoal é mais caipira, com menos chance ou desejo de ser poser. E qdo alguém me dá conselhos comuns idiotas, geralmente não são posers, mas apenas comuns "inocentes" mesmo... bem menos mal. Irrita mas não dá raiva.
    Ou seja, felizmente nunca tive muito contato muito com posers ao vivo (embora eu via e conhecia muitos quando morava em SP - e q obviamente não viravam meus amigos), mas na internet, vc nem imagina! Minhas interações com eles são das piores lembranças q eu tenho. Coisa horrível.

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  3. Sofistas surfistas da internet...às vezes, acho divertido, até.

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  4. Eu tb acho, qdo vejo de fora. Qdo interajo eu tenho uma tendência a levar as pessoas a sério. E qdo elas são uma piada viva e pseudo-pensante eu fico meio decepcionado hehehe.

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  5. Atualmente estou numa fase mais tolerante e paz e amor (não não virei pastor evangélico nem monge budista, apesar de curtir a filosofia do último) penas dou risada por dentro, infelizmente trabalho em comércio e sou obrigado a conviver com este tipo de gnete todos os dias (sejam colegas ou clientes) se eu fosse utilizar estas táticas eu já teria arrumado um milhão de inimigos e perdido o empreguinho de merda que paga minhas contas.

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  6. Com certeza, Luciano. essas táticas de ridicularização são p/ ser usadas apenas c/ "amigos" que nos dão vergonha e dos quais a gente precisa distância, ou pelo menos q fiquem na deles. No ambiente profissional a gente tem q ser tolerante. Às vezes concordando ou até mesmo elogiando os posicionamentos tão acertados e a profunda sabedoria deles (ironicamente falando) hehehe.

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