Não temam, pois não sou o que pareço e nem o que dizem. Toda a verdade em "SOBRE MIM". Este não é um blog de putaria, mas de reflexão, iconoclastia e libertação. É meu portal de comunicação inter-dimensional com vocês, mortais. Mesmo sem pacientes ou interlocutores, me divirto aqui, enquanto escrevo e observo a deliciosa incoerência humana. Podem entrar, deitar no divã, relaxar e até gozar, se souberem como. Bula completa em "Sobre o BLOG". Siga-nos e ganhe uma deslavagem cerebral grátis!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Prostituição e o auge da hipocrisia

Prostituição é a mais antiga das profissões, de acordo com o cliché (que diz a verdade) e é também uma ocupação e atitude das mais honestas, onde ninguém é enganado. Até quando a puta finge orgasmo, o cliente sabe que é parte do serviço. E a sociedade sempre reservou à nobre ocupação seu mais alto grau de hipocrisia e censura - a não ser que o preço seja o casamento, é claro, que é o preço às vezes cobrado pelas putas "de família". E o tratamento é hipócrita não apenas pelos "costumes" e pela falsa moral (ponto óbvio) mas também pela lei.

As leis que tratam da prostituição, é claro, tinham que ser as mais hipócritas também. No geral, permitem que as pessoas vendam seus corpos - e proibir isso seria simplesmente insano. Mas proíbem toda e qualquer forma de exercício digno, organizado e seguro da atividade! Não pode haver lugares destinados a ela e nem o exercício às claras. Quanta hipocrisia! Chegam inclusive a prender os clientes em certos países! Ou seja, o estado reconhece o seu direito ao seu próprio corpo mas proíbe qualquer forma lícita de você exercê-lo! Chegando inclusive a proibir que haja clientela para o serviço. Permite o serviço e proíbe a clientela? Claro que em países onde as leis existem para serem ignoradas, isso é um problema relativamente pequeno mas, em países sérios, que cumprem suas leis, a coisa fica feia.

Em última análise, para que tanta repressão? Proteger a família, como diz a tradição? A dignidade feminina, como afirmam as feministas anti-sexo? Lembrando que homens também se prostituem, mas eles são ignorados, né? Ninguém se preocupa com a dignidade deles, mas apenas delas. Ou seja, não há boas intenções aqui. O objetivo é manter os homens privados de sexo - especialmente os casados que, como prêmio pela sua submissão, passam a ser obrigados a passar "fome de sexo", pois a esposa quer pouco, ou não quer nada e, mesmo assim, eles são proibidos de ir buscá-lo em outro lugar - tanto pelos "costumes" quanto pela lei. Nada mais injusto! Não podem permitir que os homens encoleirados encontrem uma válvula de escape lícita e honesta que faça o casamento perder ainda mais sua necessidade e justificativa. Nesse ponto, a prostituição é realmente um perigo à família (melhor dizendo, não à família, mas ao casamento com amarras sexuais), e é um perigo libertador e positivo. A sociedade contemporânea, marxista cultural, odeia os homens mas ainda precisa deles como burros de carga, dedicados ao trabalho, e permitir a eles muito menos sexo do que precisam parece ser uma boa ideia para oprimí-los. O direito à prostituiçao está diretamente ligado às liberdades individuais, aos direitos humanos e ao direito a uma vida sexual e plena quando não se pode tê-la de graça - o que seria o ideal, mas não é o que acontece... Ah, e já tem uns países "progressistas" aí querendo regular até a pornografia, viu? Logo, até ver vai ser proibido! O que nem as religiões "opressoras" conseguiram fazer, o marxismo "libertário" fará, pela força.