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terça-feira, 17 de abril de 2012

O estigma do prazer anal

Embora já tenha se banalizado na indústria pornográfica, ainda é um tabu muito maior do que a maioria pode imaginar, na vida real. Deixou de ser crime e até pecado em muitos lugares, mas ainda é algo muito carregado de paradigmas.

Na Antiguidade pagã não havia o conceito de "gay"e os homens eram livres para sentir prazer como quisessem. Mas mesmo naquela época, muitos o viam como uma forma de submissão incompatível com a dignidade masculina aristocrática (no caso de quem recebia) e podia ser encarado como um "gafe social" (e não como pecado e nem homossexualismo). Mas com o "povão" ninguém se importava. Depois, com o advento do Cristianismo, passou a ser aberração e crime contra deus e a sociedade - o que ainda é, para muita gente. Contemporaneamente falando, o problema não é mais este. Agora, e desde há muito tempo, vivemos o mito de que apenas homossexuais podem ter prazer anal e assim, qualquer suspeita nesse sentido, condena qualquer um ao estigma da "viadagem" ou da perversão. Esta é talvez a maior estupidez do nosso repertório de cretinices ideológicas machistas e amedrontadas ligadas ao sexo.

E as mulheres? Bom, a elas tal prazer é permitido, pois o ato ainda é visto como efeminado e submisso e, assim sendo, adequado às mulheres (do ponto de vista machista). Mas são elas que geralmente o evitam, pois são seres sexualmente reprimidos e com medo do prazer e da verdadeira liberdade sexual (sem limitações ideológicas) na maioria das vezes. Além do fato do coito anal não lhes parecer muito romântico e das amigas serem contra (mesmo as que nunca tentaram). E sabemos que comuns pedem "permissão" uns aos outros até nesses assuntos.

Sem querer soar chulo, todo mundo tem cu; cu é tudo igual e sente da mesma forma. Logo, independente do sexo ou da orientação sexual das pessoas, qualquer um tem a possibilidade de ter prazer anal sem ligação alguma com homossexualismo, perversão ou qualquer idiotice do gênero. Mas este é daqueles paradigmas dos quais os comuns nunca se libertarão, ainda que pratiquem o ato, de forma culpada, envergonhada, forçada, dolorida (na imbecilidade) ou sem prazer. Mas, felizmente, existe já um bom grupo de pessoas mais inteligentes que concordam com aquela piadinha infame segundo a qual "comer cookie é bom". E dar também. Homens e mulheres: já é hora de perder esse medinho judaico-cristão boboca, machistinha e limitante. A vida é curta.

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