Cansaço

Ando muito cansado. Muito mesmo.
Este post talvez possa ser considerado um "desabafo", embora eu considere que isso não seja algo que se espere daqueles que se dispõe a analisar o mundo de forma racional, sem ilusões, e viver tal realidade.

No entanto, apesar de tudo, eu ainda sou humano, e essa triste condição determina uma necessidade de interação com meus (nem tanto) semelhantes. E por isso, interagir um pouco é inevitável. E também é inevitável esperar um mínimo de inteligência e honestidade ou autenticidade dos poucos que eu me permito aproximar. Mas muito pouco mesmo, apenas o suficiente para que haja algum sentido, pois já disse que não tenho ilusões.

Acontece que, para minha infelicidade, mesmo aquele minúsculo mínimo já se tornou uma ilusão também, e no momento estou tendo que me ajustar a essa nova realidade cruel.
Em cada pessoa que eu encontro, em maior ou menor grau, o que noto é a mediocridade acachapante, o vazio intelectual, o limbo filosófico, a vaidade e a futilidade transbordando em cada ato e manifestação, a obediência cega a valores cretinos, a conformidade com padrões, o conformismo, o consumismo, a frivolidade, a desonestidade, a superficialidade presunçosa, o culto à imagem, à infantilidade e à cafonice. Mesmo naqueles que nada disso aparentam. Eu já não me surpreendo mais há muito tempo, mas o cansaço é inevitável.

Às vezes considero me capar, suicidar, ir para a floresta, ou para os quintos dos infernos, mas nada disso é solução - são apenas sintomas tresloucados do cansaço. E o pior é que o cansaço não mata. Só deprime. E a insatisfação é constante.

Me desculpem se isso foi um desabafo. Enfim, nada mais a se fazer, a não ser esperar pelo retorno da alegria de estar só, e apenas ela diminui ou mesmo anula o cansaço. Enquanto isso, vou apresentar o staff do consultório nos posts acima - elas (H, N, M) que nunca me decepcionaram e só me dão alegrias.
Já tá melhorando!