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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Paradigmas invencíveis IV: a pseudo-libertação

Há pouco falei aqui sobre como os comuns foram programados com sucesso a considerar o casal monogâmico (de preferência casado) como único modelo possível e viável de relacionamento amoroso. É o que a sociedade lhes impõe. E um outro aspecto desse casal é que seja heterossexual, tradicionalmente falando.
A novidade dos últimos tempos é o fato de uma parcela relativamente considerável da população ter se "liberalizado" um pouco e agora pelo menos aceitar que o tal casal seja formado por pessoas do mesmo sexo, e tais sujeitos se consideram "mente aberta". Mas será mesmo? Tanto os homossexuais quanto seus apoiadores demonstram na realidade uma postura pseudo-libertadora, pois nem cogitam se insurgir contra a ditadura romântico-burguesa.
Uma coisa que vem assustando o doutor aqui é o modo voraz como casais gays vem se apegando aos princípios "casal" dos comuns. Talvez para serem vistos com mais "normalidade" ou mesmo por alienação pura e simples (minha opinião) eles vem apresentando os mesmos sintomas patológicos obsessivos dos comuns, como monogamia compulsória, ciúmes, brigas e tudo mais que é ditado pela cultura casal. Até divórcio! Isso porque agora eles querem se casar. É verdade que todos deveriam ter os mesmos direitos e faz sentido que eles também tenham o direito de se casar, mas quando eles demonstram o mesmo desejo de se casar e viver os mesmos dramas dos "caretas", o quadro se torna decepcionante. Isso porque gays sempre foram considerados pessoas mais livres e sexuais do que os cidadãos "normais" e agora se colocam no mesmo barco (pelo menos uma boa parte deles).
A conscientização contra a discriminação e por direitos iguais é totalmente válida mas, e quanto à conscientização contra a ditadura cultural e os estereótipos que aprisionam as pessoas dentro dos modelos burgueses de comportamento afetivo e sexual? Nada? Ninguém diz nada? Que tal nos lembrarmos também que o amor não deveria seguir modelo algum, nem de gênero, nem numérico e nem legal? Quebrar apenas uma barreira não adianta. Quando até os gays se tornarem "família" teremos a prova de que realmente estaremos condenados à escravidão mental eterna, a todos imposta pelos "normais". O doutor é contra o casamento gay. E também contra o casamento hetero. E contra qualquer forma de dominação e cerceamento do outro, seja no aspecto afetivo, sexual ou social. Por que SÓ PODEMOS amar UMA pessoa e por que TEMOS que CASAR com ela? Explodam-se os modelos.

2 comentários:

  1. Concordo. Outra coisa que não entendo são gays querendo participar de igrejas. Será que eles não vêem que não são aceitos? Porque querer forçar uma situação para serem acolhidos por uma instituição cujo dogma os condenam?

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  2. As pessoas hoje em dia adoram posar de poderosas mas são todas tão frágeis. Não bastasse a necessidade de aceitação, tb precisam de religião e coisas similares, p/ tentar manter seu precário equilíbrio.
    Gays tentando ser igrejeiros são uma antítese viva. Querem adotar algo que os considera errados e forçar a barra contra dogmas (acho q eles não sabem o q é dogma).
    Tudo p/ se sentir aceito se participando de tudo q os comuns participam...
    E mesmo os heteros que metem, tb ofendem dogmas cristãos, só q de forma menos escancarada, é claro, tendo mais chances de manter a aparência hiṕócrita q os gays não tem como manter, mais mesmo eles não deveriam estar lá.
    O pessoal quer cometer o crime e ganhar o prêmio. Assim não dá hahahaha!

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