O quiz se chamava "Que tipo de amante é você".
Respondi honestamente, como uma pessoa que ama sem pieguice e valoriza o sexo e a liberdade própria e alheia. E o resultado foi: tipo "O Foda" - você nunca amou, ou se amou não deu certo e por isso caiu na "pegação", mas saiba quando parar para não ficar sozinho.
Pois bem, vamos à análise. O resultado (e garanto que não apenas o meu) apenas reafirma alguns dos paradigmas amorosos comuns, que no meu caso são negativos e os seguintes:
1) se você não é romântico é bruto ou frustrado. Claro, pois amar sem romantismo não é amar.
2) valorizar o sexo além do que o romantismo permite é resultado dessa estupidez (ou sugerida incapacidade de amar) ou ainda, frustração (sic)!
3) por fim, se você não mudar (ou se enquadrar), seu castigo será "ficar sozinho" (ou seja, não se casar) o que é a condenação final aos loucos que ousam desafiar os modelos românticos de comportamento e pensamento. Novamente nota-se que o casamento seria a redenção final de uma existência, sem o qual a felicidade é impossível e inimaginável.
Eu não entendo pq ainda hj em pleno século 21 as pessoas (na maioria mulheres, mas muitos homens também) insistem em confundir amor com romantismo, uma ideologia surgida na Europa burguesa do séc 18, isto significa então que em épocas anteriores e em sociedades tribais por exemplo nunca existiu amor?? Naquela época as mulheres não tinham tanta voz e direitos como têm hj, o romantismo é incompatível com a sociedade do séc 21, mas as pessoas continuam querendo forçar isto. As pessoas não poderiam simplesmente amar?? e simplesmente sentir prazer?
ResponderExcluirPois é. Parece que a idéia de amor agora é indissociável da idéia de romantismo e, infelizmente, temos que aceitar esse fato e estarmos muito conscientes disso sempre que lidarmos com comuns. Isso é uma MERDA, mas é a realidade. Todos esses séculos de lavagem cerebral deixaram uma marca muito forte na mente deles. Coitados...
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