Não temam, pois não sou o que pareço e nem o que dizem. Toda a verdade em "SOBRE MIM". Este não é um blog de putaria, mas de reflexão, iconoclastia e libertação. É meu portal de comunicação inter-dimensional com vocês, mortais. Mesmo sem pacientes ou interlocutores, me divirto aqui, enquanto escrevo e observo a deliciosa incoerência humana. Podem entrar, deitar no divã, relaxar e até gozar, se souberem como. Bula completa em "Sobre o BLOG". Siga-nos e ganhe uma deslavagem cerebral grátis!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Sexo com amor é muito melhor

Claro que é. E não apenas sexo, mas qualquer coisa que façamos ou tenhamos que fazer acompanhados. Até catar lixo ou lavar o banheiro oras! Meu post de hoje se baseia nesta frase porque tive a rara oportunidade de conversar com uma comum ontem por longo tempo, e tive que ouví-la novamente como justificação de monogamia e romantismo. Triste, mas aconteceu.

Pois bem, minha interlocutora não era nenhuma "burra", mas uma dessas mulheres maduras e bem sucedidas, educadas, viajadas, bem empregadas, independentes e que se julgam sofisticadas, "liberais" e capazes de opinar em questões filosóficas. Este tipo de gente, embora não seja das piores, pois sabem falar e se portar, me passam algo de deprimente pois, querem o tempo todo demonstrar que estão "bem" mesmo não tendo conseguido concretizar ou manter um casamento como manda a doutrinação feminina da classe média que é base de seus valores - no que elas não convencem muito.

Depois de ouvir dela mais uma vez este argumento para justificar seu repúdio (civilizadamente é claro) contra a verdadeira liberdade sexual, eu tive que resgistrar aqui, pois não o havia feito antes. E aqui vai a análise: como sabemos, mulheres são doutrinadas para ser românticas, e a obrigatoriamente atrelar sexo com "amor" (para o bem da família). Ainda que algumas tenham seus "deslizes" e saibam que o contrário é possível, elas se agarram à certeza de que bom sexo só se faz com amor e tal amor é idealizado (o tal "cara certo" que elas vão encontrar e casar algum dia). E isso a gente ouve mesmo de mulheres emancipadas e que já tiveram muitos parceiros! Ou seja, a doutrinação funciona mesmo. E qualquer argumento contra tal dogma é rebatido com "você não sabe o que é amor" ou "ainda não encontrou a pessoa certa". Claro, pois sábias e experientes são elas. Outra tecla na qual ela batia muito: "quaisquer comportamentos alternativos neste sentido causam dor à outra pessoa, e por isso devem ser evitados". Sim, e a opressão emocional e sexual romântica com toda a desonestidade que ela gera não causa dor alguma a ninguém, certo? Se assim fosse, ela estaria ainda casada, e não fingindo estar bem enquanto solteira.

Fora todas essas tolices e clichés que já nos são óbvios, eu percebi que nunca havia escrito sobre a tal frase título do post, e que ela é muito usada justamente por ter em si um pouco de verdade, mas uma verdade que é utilizada de forma leviana. Pelo seguinte: realmente, sexo com amor pode ser melhor (geralmente - não necessariamente); mas a armadilha que ela traz é sugerir que isso é uma regra e que o tal amor tem que ser romântico, monogâmico, redentor. E é atrás desse amor que as mulheres se jogam, também jogando no lixo as poucas chances que teriam de ser honestamente felizes (sendo livres e conscientes - e não norteadas pela ideologia classe média).

Por fim, aqui vão dois contra-argumentos simples, que não causam efeito algum em mentes doutrinadas, mas fazem sentido para pensadores isentos: 1) na verdade o que essas mulheres precisam (e qualquer um de nós pode apreciar e eu pelo menos aprecio) é a intimidade, a liberdade e a segurança que uma pessoa amada nos dá durante o sexo; por isso é melhor, mas não precisa ser o cônjuge, e não precisa ser só uma pessoa, pois podemos (e deveríamos) amar mais de uma pessoa e sentirmos o mesmo com elas - não há sentido nessa limitação idealizada e doentia em cima de um indivíduo em especial. Ou seja, o que elas chamam de "amor", na verdade é "intimidade" - coisa que elas só se permitem ter com maridos ou candidatos a marido, em relacionamentos altamente infantis (românticos) e um por vez. E mesmo assim, muitas não conseguem. Vida triste! 2) este também não vai surtir efeito algum, mas nós sabemos por experiência (mesmo nós que preferimos a intimidade) que, vez ou outra, acontece um tipo de sexo fantástico com gente ainda não íntima. Sim, acontece, porque tem gente tão tesuda, sacana, inteligente e talentosa, que compensa a falta de intimidade. E se isso acontecer com uma comum, ela vai dizer que foi "um amor avassalador". Hahaha! Está tudo programado na cabecinha delas, para justificar coisas boas como "amor" (do tipo romântico) e desilusões como "falta de amor" ou "infidelidade", o que simplifica tudo e evita que elas realmente analisem situações e questionem valores. Pura lavagem cerebral. Uma pena, e isso nunca vai mudar.

PS: isto não é apologia e nem propaganda de relacionamentos abertos, mas apenas uma análise da bitolação e incapacidade filosófica do comum - inclusive o comum "inteligente". O mesmo poderia se dar com outros assuntos diferentes. Mas neste blog eu uso este tipo de assunto como exemplo.

2 comentários:

  1. Identifico tantos homens no texto que tive que deixar registrado que tudo que foi escrito não é privilégio de mulheres. Caras quando encontram tesão (e apenas tesão) acabam confundindo com amor (do tipo romântico) do tipo que tem que ser só deles. Estragando tudo.

    Ótimo texto.
    Dani.

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  2. Pois é. A bitolação é grande demais p/ escapar - supondo que alguém tivesse algum interesse em escapar.

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