Um ponto interessante e que talvez ajude na má fama da coisa é a atitude de algumas pessoas que aceitam e adotam tal tipo de relacionamento. Alguns não têm sutileza alguma e parecem passar a ideia de que para estar num relacionamento assim, é necessário que haja extrema promiscuidade, com sexo todo dia, e a cada dia com uma pessoa diferente, além de orgias. Não que isso seja errado, só que não é o que realmente acontece na maioria das vezes mas, com certeza, assusta comuns. É mais ou menos como o ateu que se veste de preto e se diz "satanista" (felizmente são poucos e geralmente crianças) e acaba fazendo algo simples, natural e simplesmente sensato parecer assustador, criminoso ou coisa de outro mundo.
Não resisto partilhar uma experiência reveladora que tive com a mentalidade de uma menina muito gostosa, safada e até talentosa - apesar de comum e traumatizada (todas elas são). Pois bem, eu estava terminando meu último namoro com uma comum, quando decidi que nunca mais faria isso. Nesse ínterim, comecei a comer aquela potranca que estava adorando a experiência porque se considerava a "destruidora de lares". Quando expliquei a situação, ela ignorou o fato de não estar destruindo nada, mas quis saber qual seria minha ideia de relacionamento a partir daquele momento; e eu expliquei. Daí ela me disse que jamais aceitaria tal coisa, pois jamais seria " a outra" (justamente o que ela estava sendo, mas apenas porque achava que ia me roubar da "titular"). É, com má intenção, tudo bem. E não houve como fazê-la entender que num relacionamento livre não existem "outras" e nem "titulares". Não houve como - e não foi falta de tentar e nem de habilidade didática de minha parte. Comuns simplesmente são bloqueados em certos assuntos. Ela tomou seu banho e foi embora dizendo que jamais seria "a outra". Hahaha! Foi uma pena nunca mais comê-la, mas logo depois conheci alguém melhor e em sintonia filosófica. Enfim, além dessa "burrice" toda, me marcou muito algo que eu já conhecia, mas não tão de perto: a desonestidade hipócrita e cara de pau do comum. E depois, nós é que somos sem-vergonha! Absurdamente hilário! Hahaha!
Para terminar, caro comunzinho que por um milagre esteja lendo isto: por favor entenda que relacionamentos abertos, livres, honestos, safados ou como você quiser chamá-los, não implicam em nada obrigatoriamente - além de liberdade e honestidade para com todos. Apenas isso. Não precisa fazer suruba (se não quiser) nem virar "devasso" e nem hastear bandeiras. É ser gente "normal" só que ao mesmo tempo livre e honesta, com o direito (e não o dever) de amar quem e quantos quiser, sem mesquinharia, opressão, cobrança, mentira e negação da própria natureza humana. Mas só se quiser, ou se acontecer, se "rolar", se valer a pena, entende? É tão simples!
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Por mais que comuns gostem de enganar e se enganar, nunca acaba bem. |
Muito bom texto, como de costume.
ResponderExcluirAo ler, me lembrei deste vídeo sobre o mesmo assunto. Se quiser dar uma olhada:
http://youtu.be/HF1vX3n93ns
Oi Rosana!
ResponderExcluirMuito obrigado e pelo video tb. Não conhecia esse cara, e ele fala coisas totalmente em diapasão com o q penso e escrevo aqui. É muita sensatez, raramente vista por aí.
Abraço!
Tipo assim, eu sou a favor de relacionamentos abertos, tipo cada um na sua, blablablá whiskas sachê...
ResponderExcluirSe eu pratico? Não, nem pensar. Deus está olhando!
Pois é. Aquele velho babaca castrou a humanidade. Por isso, eis me aqui, Asmodeu ao seu dispor :)
ResponderExcluirOi A. Pois é, eu também achei que tinha muito a ver, por isso indiquei. Legal que tenha gostado. Abração!
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