De volta ao básico

Já postei aqui um textinho que rodou a internet sobre o cara que passou por diferentes fases, nas quais ele buscava diferentes qualidades nas mulheres para, por fim, querer apenas uma que tenha peitos ou bunda grande, sei lá.

E aquilo é verdade. Não necessariamente com as fases e o desenvolvimento que ele comicamente descreve mas, na essência, parece ser o que realmente acontece. Ou seja, anda-se muito para se chegar novamente ao ponto inicial - e "básico".

Se eu tivesse que re-escrever o texto, o meu ficaria assim, de forma breve:

Quando adolescente, queria uma namorada bonita, mas nunca arranjei nem feia. Depois fiquei mais ambicioso e passei a querer uma que fosse bonita, inteligente e culta. Consegui, mas era neurótica e bem poser, o que se repetiu nas outras tentativas. Resolvi então desistir da (geralmente pseudo) sofisticação intelectual e passei a buscar apenas autenticidade e uma mente aberta e honesta, que pudesse escapar dos paradigmas "amorosos" da nossa sociedade e assim alcançar uma cumplicidade verdadeira, ao contrário daquela que as moças que leem revistas femininas dizem querer. E eis a situação mais enganosa de todas, pois este objetivo apenas parece mais humilde. Ao longo de um bom tempo você pensa que está a alcançá-lo mas, de repente, percebe que aquelas famosas "coisinhas de mulher" (rancorezinhos bem guardados, dissimulação, silêncio estratégico e o "bote" repentino e vingança - ou algo que o valha) estão sempre presentes, mesmo onde não os vemos e nem têm razão de existir! E também aconteceu com mais de uma. Lembra quando seu avô ou seu pai lhe disseram para não confiar nelas e sempre manter certas coisas em segredo, de forma bem deslavada e hipócrita? Aquilo é bom conselho.
Enfim, hoje eu só quero uma namorada bonita e, mesmo assim, nada demais. Bem "básica". Se tiver bunda grande, melhor. Uma com quem eu não vou partilhar nada que preste. Só mesmo belos momentos românticos (por mais falsos e ridículos que sejam, desses que elas podem contar prás amigas e se orgulhar). Melhor dar a elas apenas o que elas querem e merecem. Ponto pros caras comuns.

É, acho que com a maturidade vem o pragmatismo, mesmo quando se é idealista.