É assustador notar como o casamento está impresso na mente dos comuns como um evento obrigatório, sem o qual não se concebe uma vida amorosa.
E o fato de tal esquizofrenia atingir até mesmo os comuns que - pelo menos a princípio - não precisam se curvar a convenções comuns, só torna a observação ainda mais assustadora. Sim, estamos falando das celebridades. E hoje faleceu uma que é um grande exemplo disso: Elizabeth Taylor, lindíssima e grande atriz hollywoodiana, que se casou 8 vezes, incluindo duas com o mesmo homem! Mas exemplos não faltam, inclusive com celebridades atuais e até as consideradas ou que posam como "alternativas" ou mesmo "rebeldes"...
Parece que o casamento foi programado como ato final do ciclo de idealização amorosa, que vem a validar todo o processo, e sem ele o comum se sente como se não tivesse terminado algo que começou, como se não tivesse vivido parte da vida, uma etapa dignificante da existência humana, ainda que esteja muito feliz com o parceiro antes dos papéis e do altar. O que sabemos ser apenas uma convenção, uma mera formalidade se torna algo concreto e vital, de um simbolismo imprescindível para mentalidades mais simples e sem muita reflexão. E é tão forte que, mesmo depois de falido, ainda se repete, quantas vezes forem possíveis ou necessárias. Podemos notar também que não se trata apenas de uma obrigação social, mas também um ritual pessoal, um fetiche ao qual se atribui o poder de trazer felicidade e uma plenitude meramente imaginária ao relacionamento.
Por fim, quanto mais os comuns mortais assistem os comuns celebridade chafurdando na prática, mais eles se convencem da necessidade de tal engôdo e mais o idealizam e sonham com ele... Desastre total.
Não temam, pois não sou o que  pareço e nem o que dizem. Toda a verdade em "SOBRE MIM". Este não é um blog de putaria, mas de reflexão, iconoclastia e libertação. É meu portal de comunicação inter-dimensional com vocês, mortais. Mesmo sem pacientes ou interlocutores, me divirto aqui, enquanto escrevo e observo a deliciosa  incoerência humana. Podem entrar, deitar no divã, relaxar e até gozar, se  souberem como. Bula completa em "Sobre o BLOG". Siga-nos e ganhe uma deslavagem cerebral grátis!
quarta-feira, 23 de março de 2011
4 comentários:
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Pior que isso vira modelo mesmo, ai você vê pessoas de vida comum gastando rios de dinheiro para ter o sonhado grande dia. Semana passada vi a reportagem do caso de uma mulher que teve 65 mil reais roubados na porta de um banco. Segundo a própria o dinheiro seria usado para pagar despesas com o casamento. Ai eu me pergunto...65 mil reais em uma cerimônia de casamento (que dura algumas horas)? Tá brincando comigo!! Claro que eu sei que existem cerimônias muito mais caras, mas o fato da cidadã sair do banco com esse dinheiro em uma bolsa caminhando pela calçada denuncia uma condição social diferente de uma milionária. Ou seja, é um sonho que o pessoal está pagando caro ( não só monetariamente falando) para ver realizado, ou copiado.
ResponderExcluirEssa tradição da família da noiva bancar casamento ou a própria trouxa, caso a família não possa, nos remete à instituição do dote... é um lance bem primitivo.
ResponderExcluirE a caminhada até o altar é o maior momento na vida das comuns. O momento p/ o qual elas foram criadas e todas suas ações na vida se destinaram. Triste... mas é claro q elas não se tocam disso. Ficam felizes até (ainda q por pouco tempo).
Dr A., que tal esse casamento?
ResponderExcluirhttp://migre.me/494GH
kkkkkk....ah, eu acharia legal se depois os noivos assumissem que fizeram para tirar um sarro mesmo, mas não né, sairam propagando o perfil religioso e romântico do casal. Comprometeu o impacto além de se confirmarem como tontos. Poderia ter sido uma ótima sátira à esses cerimônias cafonas.
Ah esses comuns "criativos"... hahaha!
ResponderExcluirBom, pelo q eu sentí, não foi sarro não. Eles simplesmente quiseram dar um certo glamour divertido à cerimônia, mas sem desrespeito algum às instituições.
A explicação dela me convenceu, infelizmente hehehe.
Tá na moda agora essa coisa de religiosidade "irreverente". E me parece q começou c/ aqueles coitados da renovação carismática.