Não temam, pois não sou o que pareço e nem o que dizem. Toda a verdade em "SOBRE MIM". Este não é um blog de putaria, mas de reflexão, iconoclastia e libertação. É meu portal de comunicação inter-dimensional com vocês, mortais. Mesmo sem pacientes ou interlocutores, me divirto aqui, enquanto escrevo e observo a deliciosa incoerência humana. Podem entrar, deitar no divã, relaxar e até gozar, se souberem como. Bula completa em "Sobre o BLOG". Siga-nos e ganhe uma deslavagem cerebral grátis!

sábado, 19 de março de 2011

O caso Sandra

Hoje a Sandra Bullock apareceu nos noticiários porque doou US$ 1 mi para as vítimas do terremoto no Japão. Dessa vez não deu vergonha dela, como foi o caso quando ela virou manchete no ano passado. Mas mesmo naquela eventualidade ela despertou sentimentos positivos nas comuns - e não vergonha. E por quê?
Relembrando: ela tinha se casado com um desses desclassificados bonitões, analfabetos, toscos, e marrentos, "lixo branco" , típico burrão americano com pose de rebelde que (até onde eu ouvi - não procuro essas informações) tinha uma oficina de motos especiais.
Mas o grande mico não foi a escolha de um néscio para marido, coisa normal no mundo românticos das comuns, mas o fato dela ter aparecido na TV se gabando de ter encontrado o amor da vida dela e estar feliz para sempre (por conta disso). E a frase de impacto usada por ela  foi "he's got my back" (algo como - "confio nele para me proteger ou cuidar de mim"). Isso para os suspiros invejosos das telespectadoras suburbanas e frustradas desses programinhas cretinos de celebridade que passam depois do almoço. A apresentadora do programa até repetiu a frase, para prolongar o efeito - com pausa e tudo - e Sandra repetiu também. Ai que inveja, amiga!
Tá certo. Extremamente cafona, babaca e simplório. Claro. Mas ficou ainda mais patético logo depois, quando ela descobriu que o salvador dela a chifrava com todo tipo de vagabunda barata de Hollywood, na oficina dele, e sem camisinha! Que protetor! E que amor! Isso tudo num relacionamento monogâmico comum deslumbrado... sobre o qual ela acabara de se gabar na TV.
Apesar do ridículo, ela ficou bem na foto. E, voltando à pergunta de há pouco, por quê?
Para começar, qual mulher tosca já não passou por isso? Segundo, ela ficou sendo a imagem da mulher que acredita e vive pelos valores românticos, que os cultua, divulga e ostenta. A mulher que confia em nome de seus ideais, e mergulha de cabeça quando encontra "o cara certo". Virou uma heroína da causa perdida, aquela que paga mico romântico mesmo, e com muito orgulho! E o fato de ser feita de palhaça não a diminui em nada - muito pelo contrário, mostra que as idealizações românticas burrinhas não se devem deixar abalar pelo risco de "mal comportamento" de certos homens sem escrúpulos, pois os ideais são superiores a tudo isso. Em suma: é a velha história do idiota que vira herói apenas por ser idiota. Por levantar a bandeira que os comuns gostam de ver tremular, por mais furada que seja, em sua ânsia por auto-afirmação. Isso dá moral, ao invés de tirar. Todos se solidarizam e passam a admirar ainda mais o otário, por se identificar com ele. No caso, ela. Tudo em nome da identidade ideológica, por mais desastrosos que sejam os resultados.
Enfim, algo mais a se observar aprender sobre os comuns e seu mundo da fantasia (especialmente o delas). E me parece que Sandrinha aprendeu alguma coisa: agora não vai mais aparecer na mídia toda deslumbrada dizendo que algum cara "has her back". Trouxa. E espero que algumas outras tenham aprendido por tabela a não serem tão ridículas, ainda que isso signifique se furtar ao dever de "acreditar no amor". Será que vale a pena? Aprender?

4 comentários:

  1. Putz... tudo marketing pessoal. Ou num outro caso, ganhar ibope por se fazer de vítima...
    Grande hipocrisia... Grande ideologia medíocre.
    E o pior é ter gente que aplaude...

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  2. Aplaudem qdo não é corna e tb aplaudem qdo é corna... (???)
    Ou seja, desde q seja comum, merece aplauso.

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  3. Olhando assim, o amor romântico e o modelo de relacionamentos comuns parecem ostentar a mesma aura sagrada das religiões, exigindo fé, resignação, humildade, perseverança, e o conforto de não haver julgamento já que todos professam a mesma crença.

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  4. Mas é...
    E o q seria deles se perdessem tal fé?
    No q se resumiria a vida? O q eles buscariam?
    Os homens pelo menos poderiam correr atrás de sexo (mesmo sabendo q não é o suficiente). Mas as mulheres, nem isso.

    Comuns precisam dessas coisas (deus, conformismo, romantismo, etc). Por isso eu nunca tento "convertê-los".
    Os poucos comuns q já leram este blog, por exemplo. vieram de enxeridos. Fora 1 ou 2 apenas "meio-comuns" q eu convidei, mas mesmo assim me arrependi depois.

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