A gente sabe que romantismo é coisa de idiota, o que não
significa que não possa ou deva haver sentimentos verdadeiros num
relacionamento - deve haver, apenas sem a besteirada romântica, é claro. E, com
sentimentos verdadeiros, é sempre melhor. Entretanto, para que tais sentimentos
existam, é necessária uma dinâmica de trocas eficiente. Sim, relacionamentos
são negócios, parcerias para o bem mútuo das partes. O romantismo impede que as
pessoas enxerguem isso (por parecer algo "frio", não-romântico) e,
por conseguinte, não entendam tal dinâmica e acabam por perdê-la, o que leva ao
fim dos relacionamentos e a maus sentimentos.
A dinâmica se tornou complexa nas últimas décadas porque, antes, as pessoas
saíam da casa da mamãe direto para o casamento, sem nunca terem experimentado
total liberdade e independência - coisas que não são fáceis mas são muito boas!
Hoje, ao contrário, todo mundo que não é muito limitado já conhece real
liberdade e independência antes de "casar". E, ao casar, precisam
abrir mão (especialmente da liberdade) em troca de companhia. E essa perda de
liberdade é em todos os sentidos: sexual, de espaço, de tempo, de privacidade,
etc. Mas ainda vale a pena, quando todos estão contentes com o que recebem
nessas trocas. E aí começam os problemas, porque muita gente não recebe ou
deixa de receber o que espera. Outros simplesmente não entendem o sistema ou
não conseguem entender ou entregar o que se espera deles. Ai nascem os
conflitos, os divórcios, decepções, brigas, etc.
E o que as pessoas querem? Mulheres podem querer muita coisa. Desde dinheiro
e coisas meramente materiais até status social, poder, ilusão de estabilidade
eterna, segurança, maternidade com apoio de um marido, etc. Podem também querer
apenas companhia, amor ou mesmo sexo (último da lista para muitas). Os homens
querem menos coisas, ou coisas mais simples. Basicamente, querem uma
companheira sincera que realmente queira estar com eles. Claro que existe muito
cara fútil que quer uma princesa, ou uma mulher "capa de revista"
para mostrar aos amigos ou se auto-afirmar socialmente. A gente sabe que tem
muito disso. Mas o cara inteligente quer uma companheira para partilhar seu
dia-a-dia, interesses, ter com quem trocar ideias e ser sexualmente feliz. Mas,
infelizmente, é nesse ponto que muitos se decepcionam. Como já citei, o desejo
feminino é muito frágil e influenciável por fatores que não tem nada a ver com
sexo. Qualquer coisa (inclusive o tempo) pode desligar o desejo delas - ao
contrário dos homens, que não "misturam as coisas" e precisam de sexo
para serem felizes. Se não o recebem, precisam ir procurar em outro lugar ou
viver uma existência patética e humilhante.
Por isso é muito importante que as
pessoas cultivem e até cultuem sua sexualidade, que é a coisa mais bela e
poderosa que elas têm - especialmente num relacionamento! Sexo é o principal
meio e bem de troca num relacionamento entre homem e mulher (e outros casos também,
desde que "romântico", erótico ou afetivo). Quem desconhece ou não dá
importância a este detalhe está fadado ao fracasso. Obviamente, tem gente que
não se importa em viver uma vida assexuada, num relacionamento insosso,
especialmente se certas necessidades econômicas e/ou sociais estiverem
garantidas. Mas essa gente não sabe o que é viver. Agora vocês já sabem. Viva o
troca-troca, e não sejam sovinas com essas coisas que vocês têm e foram feitas
para dar! Guardar não adianta. A terra vai comer, e de um jeito deprimente, com
vermes e tudo mais. Vivam enquanto há vida!
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